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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Anhangá, EP de estréia da banda MORRIGAM


Embora tenha menos de um ano de estrada, a MORRIGAM, formada por Fernanda Brasil (vocal), Kallebe Amil e Luan Ferreira (guitarras) e os irmãos Artur e Mateus Mendes (baixo e bateria, respectivamente), já conquistou bom espaço e público no underground amapaense, com shows que ficaram marcados na memória da banda e dos fãs, que curtiram o som do grupo desde a primeira apresentação, ocorrida no Liberdade ao Rock do dia 27 de abril de 2013.
            
Dia 27 último também foi o dia em que o quinteto soltou o EP Anhangá. Perto desta data, no dia 29, aconteceu o Festival Quebramar, onde a banda se apresentou. A mesma aproveitou o evento para divulgar o EP, cujo nome pode significar “demônio”. A capa foi desenhada por Kallebe e tem a intenção de mostrar alguém prestes a fazer uma viagem pelas matas amazônicas.
            
A produção, mixagem e masterização ficaram a cargo de Jaime Lopes e Sergiomar Jr. (ambos guitarristas da PROFETIKA). Neste quesito, o disco é bom. Embora o som das guitarras esteja “abafado” (como pode ser ouvido em álbuns como Violent Revolution, do KREATOR), os demais instrumentos estão bem gravados e equalizados.


            
Anhangá possui quatro faixas que destilam o estilo que já consagrou a banda nos palcos amapaenses, o Death/Folk Metal, meio dançante até devido às diversas linhas de bateria que permeiam as composições e com letras (em português) que falam de acontecimentos e seres mitológicos (como o Curupira). Massacre, faixa de abertura que tem participação de Jaime Lopes, mostra logo de cara toda a potência sonora do quinteto.
            
Corpo Seco é a próxima música e ouve-se, logo no início, influências de música brasileira, mas depois descamba para a porradaria, com as já citadas linhas de bateria dançantes e um riff de guitarra marcante que acompanha a composição em intervalos, tudo isso completado pelo baixo de Artur Mendes e bom desempenho vocal de Fernanda Brasil e seu gutural, lembrando cantoras como Angela Gossow (ARCH ENEMY) e Sabina Classen (HOLY MOSES), com um bom sustain em momentos mais brutais.

Esq. p/ dir.: Mateus Mendes, Artur Mendes, Fernanda Brasil, Luan Ferreira e Kallebe Amil
Se tivesse que escolher uma música para apresentar a MORRIGAM a alguém, escolheria Kuru’pir, a melhor do EP na minha opinião. A composição já começa chutando tudo com seu riff de guitarra à lá Am I Evil? (DIAMOND HEAD). Sem piedade para pescoços, é certeza de deixá-los em frangalhos ao vivo. Todos os elementos, atributos e qualidades que a banda possui estão justamente ali, em 5:18min de Metal bruto, perigosamente pesado e agressivo, com refrão pra ser entoado a plenos pulmões pelos headbanguers. Contagiante!

Encerrando o álbum, a faixa título, que despeja raiva tanto sonoramente quanto liricamente. Não restam dúvidas de que estamos diante de um trabalho promissor e com um futuro brilhante. A MORRIGAM já demonstrou seu poder de fogo diversas vezes ao vivo e, com Anhangá, espera-se que a banda evolua cada vez mais, em todos os sentidos.


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